Andando pela rua fui eu, cansado de tanto ser sentei na praça perto da igreja. O sol brilhava, e as sombras das árvores refrescavam as costas que já queimavam de tanto calor. Sem nada a fazer inspirava e expirava com os olhos fechados, tranqüilo e relaxado e do nada um barulho danado veio a soar: braumn!
Logo, abri os olhos meio assustado e pus-me a observar o acontecido ainda assentado. Um homem havia batido seu carro na carrocinha do amigo pipoqueiro. Acidente nada grave, nem amassou as duas maquinas, mas derrubou pipoca no chão. Como todo acidente, os acidentados levaram a mão na cabeça e começaram uma discussão que quase sempre não leva a nada. Ainda sentado, observei um menino que estava sentado no passeio logo em frente do acidente, mas do lado ao contrario da carroça de pipoca, do outro lado da rua. Pensei logo, como estava com os olhos fechados não posso ser testemunha e resolver o impasse de quem estava certo ou errado. Mas aquele menino com sua pipoca na mão era uma testemunha valida naquela ocasião.
O homem do carro falava: “O pipoqueiro desastrado, onde coloca a carroça de pipoca? No meio da passagem dos carros, vai pagar o arranhão do meu carro”. O pipoqueiro ainda calado olhava o prejuízo das pipocas no chão, mas não chorava que nem o motorista do carro. E, ainda calado pôs-se a varrer as pipocas perdidas enquanto o homem do carro ainda chiava do seu lado.
O menino do outro lado olhava atentamente a discussão, nem piscava parecia estar assistindo um filme de bang-bang na televisão. A cada minuto que o pipoqueiro ficava calado, o motorista ficava mais zangado, nervoso pedia reação pra solucionar o fato acidental. Até que o pipoqueiro disse com uma voz angustiada: “Asno! Você é um asno, não um motorista. Vai pagar toda a minha pipoca perdida, além de uma indenização por quase ter me atropelado, se não chamo a polícia”. Fiquei assustado com a voz ofensiva do pipoqueiro, e ainda achava aquele homem sereno, engano meu.
O bate boca continuou, e os xingamentos continuaram, e o menino ainda olhava tudo com interesse danado, mas sua pipoca acabava à medida que ia comendo.
Os dois envolvidos no acidente de tanto discutirem começaram as ameaças, dizia o motorista: “Pipoqueiro infeliz, vou quebrar seu nariz com um soco bem dado”, e revidava o homem das pipocas, “Pode vir asno, além de pagar meu prejuízo vou chutar seu bunda de cavalo”. Cerraram os punhos e ensaiaram um combate, não havia mais ninguém na rua, só eu, os dois brigadores e o menino que já estava as gargalhadas, e ainda sem ser percebido pelos envolvidos no fato ocorrido. Um anda pra esquerda o outro pra direita, olhavam olho no olho, estava decidido, haveria a briga.
Não acreditava na confusão que assistia, mas o bote foi armado e os dois estavam pra briga. Logo quando o primeiro soco ia ser dado o menino que ainda estava sentadinho no meio fio da rua, ainda sem ser percebido, deu seu grito: “Poodeee Paarar!”. Os dois homens assustados com o grito pararam a briga e olharam urgente para o menino sentado, e sem entender o pipoqueiro perguntou: “Quem é você menino, pra interromper uma briga, não esta vendo que isso é assunto de gente grande?”. O menino sem se sentir intimidado foi logo falando: “Desculpa senhores, não queria interromper momento tão importante para o fato acidental, mas é que tem algo errado na briga dos dois”. Realmente não entendi a atitude do menino, nem os dois brigões. Olharam um para o outro e sem entender nada o questionaram: “Menino atrevido, o que acha estar errado na nossa briga? É tão pequeno que não sabe nem a hora que esta com fome.” O menino começou a rir da situação e deixou os dois senhores ainda mais zangados, mas agora não por causa do acidente, mas pela intromissão do menino. Então o pequeno disse: “Senhor pipoqueiro, pra falar a verdade eu estou com fome, e queria mais pipoca, porque a minha acabou. E onde já se viu uma cena destas, de cinema, sem pipoca?” Sem saber o que fazer o motorista disse ao pipoqueiro: “Pegue logo a pipoca pra esse menino pra gente resolver nosso problema”. O menino meio constrangido passou a moeda ao pipoqueiro pedindo desculpa pela intromissão. Mais constrangido o pipoqueiro foi na carroça encheu um saco e deu ao menino e voltou à posição, e disse: “De onde paramos?”, o motorista ainda nervoso disse: “Estava prestes a te dar um soco pipoqueiro folgado”. O ring estava armado e os dois lutadores posicionados, quando o clima de luta voltava e a briga estava prestes a explodir em socos e pontapés, o menino novamente gritou: “Paaraa tuudooo! A pipoca ta sem sal, isso mais parece comida de hospital, assim não dá pra assistir.” O motorista ficou mais nervoso ainda, gritou com o menino: “O menino não ta vendo que ta atrapalhando? Isso não é cinema é real, depois te pago um monte de pipoca, mas agora deixa dar umas porradas e resolver esta confusão”. O pipoqueiro ficou olhando desfazendo do motorista e ainda em posição de briga. O menino calmamente disse: “Me dê às pipocas prometidas agora, que eu deixo o pipoqueiro em paz pra vocês resolverem suas confusões”. O motorista nervoso tirou a carteira, pegou o dinheiro e deu ao menino dizendo: “O pirralho some daqui e vá comer pipocas em outro lugar”. O menino rapidamente disse: “Só mais um minuto senhor motorista e senhor pipoqueiro”, o menino levantou foi perto da carroça enquanto os dois homens olhavam, com sua camisa de algodão limpou o arranhão do carro, chegou perto do pipoqueiro, disse: “Aqui está o dinheiro das pipocas que caíram no chão, pronto resolvi a confusão, boa tarde pros senhores e desculpa novamente a intromissão”.
O menino saiu rindo e cantarolando, andando pela rua. Os dois brigões olharam um para o outro e ficaram sem reação, pediram desculpas um para o outro, e sem graça decidiram acabar com a confusão. O motorista entrou no carro e foi embora, e o pipoqueiro foi vender suas pipocas. E, eu, rindo por toda aquela cena, pensei alto: “Ô menino diplomata!”
Logo, abri os olhos meio assustado e pus-me a observar o acontecido ainda assentado. Um homem havia batido seu carro na carrocinha do amigo pipoqueiro. Acidente nada grave, nem amassou as duas maquinas, mas derrubou pipoca no chão. Como todo acidente, os acidentados levaram a mão na cabeça e começaram uma discussão que quase sempre não leva a nada. Ainda sentado, observei um menino que estava sentado no passeio logo em frente do acidente, mas do lado ao contrario da carroça de pipoca, do outro lado da rua. Pensei logo, como estava com os olhos fechados não posso ser testemunha e resolver o impasse de quem estava certo ou errado. Mas aquele menino com sua pipoca na mão era uma testemunha valida naquela ocasião.
O homem do carro falava: “O pipoqueiro desastrado, onde coloca a carroça de pipoca? No meio da passagem dos carros, vai pagar o arranhão do meu carro”. O pipoqueiro ainda calado olhava o prejuízo das pipocas no chão, mas não chorava que nem o motorista do carro. E, ainda calado pôs-se a varrer as pipocas perdidas enquanto o homem do carro ainda chiava do seu lado.
O menino do outro lado olhava atentamente a discussão, nem piscava parecia estar assistindo um filme de bang-bang na televisão. A cada minuto que o pipoqueiro ficava calado, o motorista ficava mais zangado, nervoso pedia reação pra solucionar o fato acidental. Até que o pipoqueiro disse com uma voz angustiada: “Asno! Você é um asno, não um motorista. Vai pagar toda a minha pipoca perdida, além de uma indenização por quase ter me atropelado, se não chamo a polícia”. Fiquei assustado com a voz ofensiva do pipoqueiro, e ainda achava aquele homem sereno, engano meu.
O bate boca continuou, e os xingamentos continuaram, e o menino ainda olhava tudo com interesse danado, mas sua pipoca acabava à medida que ia comendo.
Os dois envolvidos no acidente de tanto discutirem começaram as ameaças, dizia o motorista: “Pipoqueiro infeliz, vou quebrar seu nariz com um soco bem dado”, e revidava o homem das pipocas, “Pode vir asno, além de pagar meu prejuízo vou chutar seu bunda de cavalo”. Cerraram os punhos e ensaiaram um combate, não havia mais ninguém na rua, só eu, os dois brigadores e o menino que já estava as gargalhadas, e ainda sem ser percebido pelos envolvidos no fato ocorrido. Um anda pra esquerda o outro pra direita, olhavam olho no olho, estava decidido, haveria a briga.
Não acreditava na confusão que assistia, mas o bote foi armado e os dois estavam pra briga. Logo quando o primeiro soco ia ser dado o menino que ainda estava sentadinho no meio fio da rua, ainda sem ser percebido, deu seu grito: “Poodeee Paarar!”. Os dois homens assustados com o grito pararam a briga e olharam urgente para o menino sentado, e sem entender o pipoqueiro perguntou: “Quem é você menino, pra interromper uma briga, não esta vendo que isso é assunto de gente grande?”. O menino sem se sentir intimidado foi logo falando: “Desculpa senhores, não queria interromper momento tão importante para o fato acidental, mas é que tem algo errado na briga dos dois”. Realmente não entendi a atitude do menino, nem os dois brigões. Olharam um para o outro e sem entender nada o questionaram: “Menino atrevido, o que acha estar errado na nossa briga? É tão pequeno que não sabe nem a hora que esta com fome.” O menino começou a rir da situação e deixou os dois senhores ainda mais zangados, mas agora não por causa do acidente, mas pela intromissão do menino. Então o pequeno disse: “Senhor pipoqueiro, pra falar a verdade eu estou com fome, e queria mais pipoca, porque a minha acabou. E onde já se viu uma cena destas, de cinema, sem pipoca?” Sem saber o que fazer o motorista disse ao pipoqueiro: “Pegue logo a pipoca pra esse menino pra gente resolver nosso problema”. O menino meio constrangido passou a moeda ao pipoqueiro pedindo desculpa pela intromissão. Mais constrangido o pipoqueiro foi na carroça encheu um saco e deu ao menino e voltou à posição, e disse: “De onde paramos?”, o motorista ainda nervoso disse: “Estava prestes a te dar um soco pipoqueiro folgado”. O ring estava armado e os dois lutadores posicionados, quando o clima de luta voltava e a briga estava prestes a explodir em socos e pontapés, o menino novamente gritou: “Paaraa tuudooo! A pipoca ta sem sal, isso mais parece comida de hospital, assim não dá pra assistir.” O motorista ficou mais nervoso ainda, gritou com o menino: “O menino não ta vendo que ta atrapalhando? Isso não é cinema é real, depois te pago um monte de pipoca, mas agora deixa dar umas porradas e resolver esta confusão”. O pipoqueiro ficou olhando desfazendo do motorista e ainda em posição de briga. O menino calmamente disse: “Me dê às pipocas prometidas agora, que eu deixo o pipoqueiro em paz pra vocês resolverem suas confusões”. O motorista nervoso tirou a carteira, pegou o dinheiro e deu ao menino dizendo: “O pirralho some daqui e vá comer pipocas em outro lugar”. O menino rapidamente disse: “Só mais um minuto senhor motorista e senhor pipoqueiro”, o menino levantou foi perto da carroça enquanto os dois homens olhavam, com sua camisa de algodão limpou o arranhão do carro, chegou perto do pipoqueiro, disse: “Aqui está o dinheiro das pipocas que caíram no chão, pronto resolvi a confusão, boa tarde pros senhores e desculpa novamente a intromissão”.
O menino saiu rindo e cantarolando, andando pela rua. Os dois brigões olharam um para o outro e ficaram sem reação, pediram desculpas um para o outro, e sem graça decidiram acabar com a confusão. O motorista entrou no carro e foi embora, e o pipoqueiro foi vender suas pipocas. E, eu, rindo por toda aquela cena, pensei alto: “Ô menino diplomata!”