Há muito tempo não publico nada no meu blog (www.paralelourbano.blogspot.com),
mas acredito estar na hora de voltar.
¼ de século é um fator motivador e traumático (a medida que
deixa marcas – boas – e – ruins).
Não quero fazer balanços saudosistas nem mesmo planos megalômanos.
Pretendo com este texto apresentar algumas descobertas e visões de mundo a
pretexto de registro.
Tento pensar minha vida em dez segundo, e é bucólico, uma
contagem a-racional.
Penso, será que a vida pode ser medida?!
Acho que não... Pelo menos de forma real e valorosa.
O valor é subjetivo ao individuo e penso já ter vivido muito
mais que o tempo (métrico) me apresenta. (Acredito não ser o único a sentir
isso).
Minha vida (momento de existência) está longe de ser a mais
assertiva e retilínea do que o desejo e esperança de todos (frustrante).
Errei. Errei bastante. Continuo errando. Ainda vou errar
muito...
(Que fique claro, isso não quer dizer que não me arrependo).
Aceitar isso é tão libertador, convivo com / e proponho
contradições que vão além de mim.
(Contradições e problemas são universais).
Para aprender a aceitar as contradições é preciso pensar,
refletir, discutir, concordar, discordar, apreender, ruminar, depois cuspir e
assim desenvolver conhecimento.
Isso tudo dói e dói muito. É exaustivo e causa um sofrimento
enorme. Mudar é isso!
Não me espantam pessoas que preferem resistir
pragmaticamente a todo esse processo.
(Às vezes eu também resisto). Sofrer não é pra qualquer um, como ser feliz
também não.
Como dizia o Pessoa, meu poeta existencialista preferido:
“Tudo vale a pena quando a alma não é pequena!”.
Nesse sentido, compreendo alma como razão, ser dotado de
capacidade racional, e exercitá-la. Tudo vale a pena...
Apesar do conhecimento depender de um esforço pessoal, ele não
é fruto da solidão.
(Não somos ilhas).
Acredito no encontro, e que o novo baiano Epicuro tinha lá
suas razões...
“É dando que se recebe outro tanto”.
Sou destes, de turma, de conversa, de cafés com queijo e
mesas cheias. De balcões e mesinhas de bar, de falas e gestos. Expressão!
Meu mundo é de humanos (“nem bestas, nem anjos”) humanos,
demasiadamente humanos.(Seja céu ou inferno, ou na ausência dos dois).
Seja algo novo ainda incompreendido, é isso, sou dos mistérios!
Acredito que esse texto não representa um milésimo do que
penso. Penso tanto!
Mas como o meu “eu” é tão subjetivo e incompleto, não há
palavras ontológicas suficientes pra compreender esse “eu”, ou algo além.
Como não pretendo dar-me fim aos 25 anos, não termino o
texto.
O considero como um começo...
Com reticências...