9 de abril de 2015

1/4 de século. Eu.


Há muito tempo não publico nada no meu blog (www.paralelourbano.blogspot.com), mas acredito estar na hora de voltar.

¼ de século é um fator motivador e traumático (a medida que deixa marcas – boas – e – ruins).
Não quero fazer balanços saudosistas nem mesmo planos megalômanos. Pretendo com este texto apresentar algumas descobertas e visões de mundo a pretexto de registro.

Tento pensar minha vida em dez segundo, e é bucólico, uma contagem a-racional.
Penso, será que a vida pode ser medida?!
Acho que não... Pelo menos de forma real e valorosa.

O valor é subjetivo ao individuo e penso já ter vivido muito mais que o tempo (métrico) me apresenta. (Acredito não ser o único a sentir isso).

Minha vida (momento de existência) está longe de ser a mais assertiva e retilínea do que o desejo e esperança de todos (frustrante).

Errei. Errei bastante. Continuo errando. Ainda vou errar muito...
(Que fique claro, isso não quer dizer que não me arrependo).

Aceitar isso é tão libertador, convivo com / e proponho contradições que vão além de mim.
(Contradições e problemas são universais).
                                                            
Para aprender a aceitar as contradições é preciso pensar, refletir, discutir, concordar, discordar, apreender, ruminar, depois cuspir e assim desenvolver conhecimento.

Isso tudo dói e dói muito. É exaustivo e causa um sofrimento enorme. Mudar é isso!

Não me espantam pessoas que preferem resistir pragmaticamente a todo esse processo.
(Às vezes eu também resisto).  Sofrer não é pra qualquer um, como ser feliz também não.

Como dizia o Pessoa, meu poeta existencialista preferido:
“Tudo vale a pena quando a alma não é pequena!”.

Nesse sentido, compreendo alma como razão, ser dotado de capacidade racional, e exercitá-la. Tudo vale a pena...

Apesar do conhecimento depender de um esforço pessoal, ele não é fruto da solidão.
(Não somos ilhas).

Acredito no encontro, e que o novo baiano Epicuro tinha lá suas razões...
“É dando que se recebe outro tanto”.

Sou destes, de turma, de conversa, de cafés com queijo e mesas cheias. De balcões e mesinhas de bar, de falas e gestos. Expressão!

Meu mundo é de humanos (“nem bestas, nem anjos”) humanos, demasiadamente humanos.(Seja céu ou inferno, ou na ausência dos dois).  

Seja algo novo ainda incompreendido, é isso, sou dos mistérios!

Acredito que esse texto não representa um milésimo do que penso. Penso tanto!
Mas como o meu “eu” é tão subjetivo e incompleto, não há palavras ontológicas suficientes pra compreender esse “eu”, ou algo além.

Como não pretendo dar-me fim aos 25 anos, não termino o texto.
O considero como um começo...
Com reticências...